terça-feira, 7 de setembro de 2010

Bloqueata 2010

O autentico Carnaval de Rua do Rio de Janeiro continua ameaçado.

Em favor da liberdade criativa e da espontaneidade do Carnaval de Rua do Rio de Janeiro, vem aí a Bloqueata 2010:

Dia: 19/09/2010
Concentração: Rua do Mercado (Praça XV) a partir das 15h

Vista sua fantasia e venha curtir um dia carnaval em pleno setembro.

Como foi a Bloqueata 2009

Veja os vídeos

http://www.youtube.com/results?search_query=bloqueata&aq=f

Veja s matérias

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&source=hp&q=bloqueata&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=

Manifesto Momesco

O carnaval de rua é festa do povo. É feito pelo povo e para o povo. Manifestação de espontaneidade, criatividade genuína e espírito livre. Nos dias de folia devemos respeito à Sua Majestade, o Momo. Não ao personagem raquítico que ultimamente tenta nos ensinar a brincar, como se ele próprio soubesse, mas ao mitológico, roliço, guloso, amante dos prazeres da carne e da alma, àquele que nos mostra que, ao contrário do que muitos pensam, no carnaval é quando se tiram as máscaras. Assim, há uma troca de ordem. Sai de cena a ordem careta, elitista e monetarizada e, em seu lugar, entra a ordem de Momo e a ordem do Rei é sambar quatro dias sem parar.

A praça é do povo como o céu é do condor, já dizia Castro Alves. Depois de muitos anos de ditadura, nossos representantes garantiram na Constituição brasileira o direito à livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença, e de reunirmo-nos pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização.

Os blocos de carnaval são a cara do Rio. Existem blocos grandes, que arrastam multidões, existem os pequenos blocos e existem aqueles que se formam espontaneamente, no encontrar de pessoas nos dias de folia. Além do tamanho, suas distintas características tornam o carnaval do Rio um dos mais ricos em diversidade cultural.

O decreto 32664 da Prefeitura aprofunda o ataque à liberdade criativa e à espontaneidade do carnaval do Rio e o processo de "bahianização" da festa, ao obrigar os blocos a pedir autorizações com seis meses de antecedência e a cumprir inúmeras exigências, que arrepiariam até mesmo uma empresa estabelecida, ainda mais os pequenos blocos. A essência está sendo sufocada pelo dinheiro.

Manifestamos aqui que não reconhecemos esse decreto que, além de tratar desiguais como iguais, fere a Constituição e a tradição e cultura do povo carioca.

Desliga dos Blocos do Rio de Janeiro